
Até que ponto vai a criatividade do
CERUMANO? Hehehe...
Recebi por e-mail:
I - Um Haicai:
"Cueca e dinheiro,
o outono da ideologia
do vil companheiro."
II - À moda Machado de Assis: "Foi petista por 25 anos e 100 mil dólares na cueca"
III - À moda Dalton Trevisan: "PT. Cem mil. Cueca. Acabou."
IV - À moda concretista: "PT cueca cu PT eca peteca te peca cloaca".
V - À moda Graciliano: "Parecia padecer de um desconforto moral. Eram os dólares a lhe pressionar os testículos".
VI - À moda Rimbaud: "Prendi os dólares na cueca, e vinte e cinco anos de rutilantes empulhações cegaram-me os olhos, mas não o raio-x"
VII - À moda Álvaro de Campos: "Os dólares estão em mim/ já não me sou/
mesmo sendo o que estava destinado a ser/ nunca fui senão isto: um
estelionato moral/ na cueca das idéias vãs"
VIII - À moda Drummond: "Tinha um raio-x no meio do caminho"
IX - À moda Proust: "Acabrunhado com todas aquelas denúncias e a perspectiva de mais um dia tão sombrio como os últimos, juntei os dólares e levei-os à cueca. Mas no mesmo instante em que aquelas cédulas tocaram a minha pele, estremeci, atento ao que se passava de extraordinário em mim. Invadira-me um prazer delicioso, isolado, sem noção da sua causa. Esse prazer logo me tornara indiferente às vicissitudes da vida, inofensivos seus desastres, ilusória sua brevidade, tal como o fazem a ideologia e o poder, enchendo-me de uma preciosa essência."
X - À moda TS Eliot: "Que dólares são estes que se agarram a esta imundície pelancosa?/ Filhos da mãe! Não podem dizer! Nem mesmo estimam/ O mal porque conhecem não mais do que um tanto de idéias fraturadas, batidas pelo tempo/ E as verdades mortas já não mais os abrigam nem consolam."
XI - À moda Lispector: "Guardei os dólares na cueca e senti o prazer terrível da traição. Não a traição aos meus pares, que estávamos juntos,mas a séculos de uma crença que eu sempre soube estúpida, embora apaixonante.
Sentia-me ao mesmo tempo santo e vagabundo, mártir de uma causa e seu mais sujo servidor, nota a nota".
XII - À moda Lênin: "Não escondemos dólares na cueca, antes afrontamos os fariseus da social-democracia. Recorrer aos métodos que a hipocrisia burguesa criminaliza não é, pois, crime, mas ato de resistência e fratura revolucionária. Não há bandidos quando é a ordem burguesa que está sendo derribada. Robespierre não cortava cabeças, mas irrigava futuros com o sangue da reação. Assim faremos nós: o dólar na cueca é uma arma que temos contra os inimigos do povo. Não usá-la é fazer o jogo dos que querem deter a revolução. Usá-la é dever indeclinável de todo revolucionário."
XIII - À moda Stálin: "Guarda e passa fogo na cambada!"
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